Hipertensão
Pressão Alta ou HAS, Doença da Atualidade!!
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição de saúde causada por diversos fatores e caracterizada por níveis elevados da pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg). Associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, cerebro, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
Estando entre os principais fatores de risco à saúde, a hipertensão arterial relacionada a obesidade são fundamentais para a vida das pessoas e situacoes negativas. Essas práticas negativas têm como estímulos a industrialização, urbanização, desenvolvimento econômico e das indústrias alimentícias. A população está se tornando mais inativa e consumindo alimentos de baixo valor nutritivo e alto teor calórico, adquirindo, dessa forma, cada vez mais doenças crônicas, com destaque às metabólicas e cardiovasculares.
É frequentemente assintomáca e, desse modo, tem seu diagnósco e tratamento negligenciado, somando-se a baixa adesão do paciente aos tratamentos prescritos, dificultando o seu controle. A expansão da Atenção Primária em Saúde (APS), com destaque para a Estratégia Saúde da Família (ESF), possibilitou ações de promoção, vigilância em saúde, prevenção, assistência e acompanhamento dos usuários, o que é fundamental na melhoria da resposta ao tratamento dos usuários.
Ainda estima-se que exista pelo menos um bilhão de hipertensos no mundo, sendo que essa doença causa a morte de 7,1 milhões de pessoas por ano, equivalente a 13% do total de óbitos . Estudo recente demonstrou que comportamentos de risco à saúde como o sedentarismo, estimulado por assistir a televisão, representa uma das principais formas de passatempo de crianças, e longos períodos frente a ela podem contribuir para a gênese da obesidade.
É aceito o fato de que com o avanço da idade o excesso de peso seja um fator que eleve a pressão sanguínea, porém, o mesmo ocorre em populações jovens. Estimativas demonstram que a incidência de hipertensao está ascendente e seu impacto será ainda mais danoso nas populações futuras, tornando assim tais fatos alarmantes para que haja uma melhor prevenção nas menores idades, obtendo a escola um grande papel, no diagnóstico precoce e prevenção.
Além disso, a expansão da atenção farmacêuca e a distribuição gratuita de mais de 15 medicamentos para hipertensão e diabetes possibilitou a melhoria da assistência. Todavia, a baixa adesão ao tratamento ainda é um problema importante a ser vencido. Dentre os principais determinantes da falta de adesão ao tratamento, destacam-se os fatores relacionados ao tratamento (prescrição de esquemas terapêuticos inadequados, custo); aos serviços de saúde (localização da unidade, burocracia, insuficiência de recursos humanos e materiais, deficiência organizacional); ao profissional de saúde (preparo profissional deficiente; rotavidade de profissionais); ao relacionamento profissional de saúde/paciente (comunicação inadequada e insuficiente, dificuldade de relacionamento, desatenção, indelicadeza), à gravidade da doença e à atitude do paciente frente à doença (seguimento do tratamento prescrito e mudança no estilo de vida, além de crenças inadequadas e desconhecimento das complicações da hipertensão).
A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos. Além de ser causa direta de cardiopatia hipertensiva, é fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se manifestam, predominantemente, por doença isquêmica cardíaca, cerebrovascular, vascular periférica e renal. Em decorrência de cardiopatia hipertensiva e isquêmica, é também fator etiológico de insuficiência cardíaca. Déficits cognitivos, como doença de Alzheimer e demência vascular, também têm HAS em fases mais precoces da vida como fator de risco.
Em 2001, cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA (54% por acidente vascular encefálico e 47% por doença isquêmica do coração), ocorrendo a maioria delas em países de baixo e médio desenvolvimento econômico e mais da metade em indivíduos entre 45 e 69 anos. Apesar de apresentar uma redução significativa nos últimos anos, as doenças cardiovasculares têm sido a principal causa de morte no Brasil.
A frequência de HAS tornou-se mais comum com a idade, mais marcadamente para as mulheres, alcançando mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade. Entre as mulheres, destaca- -se a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico da doença: enquanto 34,4% das mulheres com até 8 anos de escolaridade referiam diagnóstico de HAS, a mesma condição foi observada em apenas 14,2% das mulheres com 12 ou mais anos de escolaridade. Para os homens, o diagnóstico da doença foi menos frequente nos que estudaram de 9 a 11 anos.
Na Alemanha, a HAS atinge 55% da população adulta, sendo o país com maior prevalência no continente europeu, seguido da Espanha com 40% e da Itália, com 38% da população maior de 18 anos hipertensa. A média europeia de controle de HAS em serviços de Atenção Básica é de 8% e, nos EUA, tem se mantido em torno de 18%, enquanto que, na América Latina e África, há uma variação de 1% a 15% de controle deste problema.
Outro país com um os melhores indicadores em relação ao diagnóstico, ao acompanhamento e ao controle da HAS é Cuba, visto que, em 16 anos, houve um decréscimo significativo da prevalência de HAS e um aumento do diagnóstico, do acompanhamento e do controle desse problema de saúde. Esse país apresenta uma prevalência de HAS de 20%, destes 78% são diagnosticados, 61% utilizam a medicação de forma regular e 40% têm a HAS controlada. Entre os usuários em acompanhamento regular na rede de Atenção Básica, o controle da HAS sobe para 65%. Os indicadores cubanos superam os indicadores dos EUA, Inglaterra, Itália, Alemanha, Suécia e Espanha, e os bons resultados são atribuídos a vários fatores.
Essa multiplicidade de consequências coloca a HAS na origem de muitas doenças crônicas não transmissíveis e, portanto, caracteriza-a como uma das causas de maior redução da expectativa e da qualidade de vida dos indivíduos. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle.
Portanto podemos concluir que é uma doença que devido principalmente a qualidade de vida hoje em todo mundo, se torna uma doença da atualidade onde provavelmente boa parte da populacao ainda nao foi diagnosticada.
E você??? O que tem feito para evitar que se torne uma pessoa hipertensa? Se preocupe sempre em responder essa pergunta ao longo de sua vida.
Tenha um dia fantastico!!!!
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